paranaonlineA Secretaria do Trabalho e Emprego e as vagas de 1.º vice-presidente e 3.º secretário da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa foram concedidas ao PMDB para garantir o apoio de parcela da bancada de treze deputados ao governador eleito Beto Richa (PSDB) a partir de 2011.
O acordo foi fechado ontem com o anúncio da indicação do deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli para ocupar a Secretaria do Trabalho e Emprego, que no próximo ano perderá a função de promoção social.
O deputado Reinhold Stephanes Junior foi contemplado com a candidatura a 3.º secretário na chapa encabeçada pelo presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, à Mesa Diretora. A outra vaga caberá ao deputado Artagão de Mattos Leão Junior, confirmado como candidato a 1.º vice-presidente.
Com a adesão dos peemedebistas, o bloco de apoio a Beto Richa na Assembleia Legislativa será formado por quarenta e dois deputados, segundo os cálculos do futuro líder do governo, Ademar Traiano (PSDB).
A única bancada que se declara de oposição ao futuro governo é formada pelos seis deputados do PT. A bancada petista deve ganhar o reforço de um sexto integrante, o deputado Elton Welter, primeiro suplente da coligação formada na eleição deste ano pelo PMDB, PT e PDT. Welter deve assumir a cadeira que será deixada por Romanelli, quando assumir a Secretaria do Trabalho.
Traiano disse que a participação do PMDB no governo não está condicionada ao apoio de todos os deputados peemedebistas. Pelo menos cinco integrantes da bancada, Waldyr Pugliesi, Caito Quintana, Nereu Moura, Ademir Bier e Antonio Anibelli Junior, não estão incluídos na quota de apoio do tucano.
Traiano disse que dos treze peemedebistas, oito estão dispostos a integrar a base de sustentação de Beto Richa na Assembleia Legislativa. Além de Romanelli, e dos dois deputados que integrarão a Mesa Executiva, são apontados como aliados de Beto os deputados Teruo Kato, Alexandre Curi, Jonas Guimarães, Cleiton Quielse e Luiz Eduardo Cheida.
Justificativas
Líder da bancada do PMDB e presidente do partido no Estado, Waldyr Pugliesi, tentou explicar a posição do partido na Assembleia Legislativa. "Foi uma decisão tomada por maioria e não por unanimidade. O partido não se manifestou sobre isso. Há membros do partido com ou sem mandato que não comungam da posição tomada pela bancada. É uma decisão da bancada", disse Pugliesi, que não revelou qual será sua posição em 2011.
"Tenho DNA de oposição, mas vamos ver como ficam as coisas quando o novo governo for instalado, quando tivermos a nova bancada. Vamos ver o andar da carruagem", desconversou.
Ex-líder do governo do senador eleito Roberto Requião até abril deste ano, Romanelli afirmou que a aproximação com Beto Richa não começou nesta campanha eleitoral. "Há dois anos, identifiquei no Beto Richa a figura que poderia estabelecer uma nova perspectiva de gestão do Estado", disse o deputado.
Ele lembrou que Beto teve o apoio de parcela significativa do PMDB na campanha eleitoral deste ano, embora o partido tenha indicado o candidato a vice-governador na chapa do senador Osmar Dias (PDT). Romanelli, Alexandre Curi e Stephanes Junior assumiram oficialmente a posição de aliados de Beto na campanha.
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