sexta-feira, 8 de abril de 2011

Otan admite ataque a alvos ligados à oposição na Líbia, mas evita pedir desculpas

Da Agência Telam


Brasília - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se recusou hoje (8) a pedir desculpas por ter bombardeado ontem (7) por engano um grupo de oposição ao governo do presidente da Líbia, Muammar Khadafi. Os ataques ocorreram na cidade de Brega. Foi o segundo incidente em menos de uma semana.

O vice-comandante da operação da Otan na Líbia, o almirante Russel Harding, disse que a aliança não sabia que os integrantes da oposição operavam tanques. Segundo ele, as informações eram de que apenas as forças leais a Khadafi utilizassem veículos blindados pesados.

Ontem a oposição informou que um avião da Otan atacou suas posições entre as cidades de Brega e Ajdabiya. De acordo com o comando da oposição, pelo menos cinco pessoas morreram durante o bombardeio. O ataque foi o segundo em menos de uma semana.

Harding afirmou que os aviões da Otan fizeram 318 missões e atingiram 23 alvos na Líbia nas últimas 24 horas. "Parece que foi ontem dois dos nossos ataques poderiam ter resultado em mortes de rebeldes", disse o almirante. "[Mas] eu não estou pedindo desculpas", disse. "A situação no terreno era e continua sendo extremamente difícil. Só ontem tivemos informação de que as forças de oposição estavam usando tanques."

Harding disse que a situação entre Brega e Ajdabiya passa por mudanças. De acordo com ele, as forças de oposição fazem movimentos militares incertos, o que dificulta os pilotos da Otan a distinguirem os alvos.

Desde o último sábado (2), a Otan assumiu o comando das operações na Líbia em substituição à atuação das forças de coalizão – lideradas pelos Estados Unidos, pela França e pela Inglaterra. Os alvos dos bombardeios são as tropas de Khadafi com o objetivo de enfraquecê-lo e obrigá-lo a renunciar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se não tiver conta no Google, opte por "Comentar como: Nome/URL", sendo que o campo URL não precisa ser preenchido.

Não serão tolerados ataques pessoais.