segunda-feira, 19 de novembro de 2012

VALOR ECONÔMICO - 19/11/2012

Valor Econômico

Manchete: Empresas deixam lá fora 70% dos dólares captados
Embora as empresas tenham captado US$ 17,55 bilhões nos últimos quatro meses, desde a reabertura do mercado externo, menos de 30% desses recursos - cerca de US$ 5 bilhões - entraram no país. A grande parcela do capital ficou no exterior, contribuindo para o fraco fluxo de moeda estrangeira registrado pelo país desde então. Só empresas que não têm subsidiária no exterior, como a Caixa Econômica Federal, são obrigadas a internalizar os recursos. As demais preferem deixá-los nas contas lá fora, seja para pagar fornecedores, seja para capital de giro.

Ao manter os recursos no exterior, as companhias evitam o custo do swap cambial, hoje elevado, e não precisam arcar com o Imposto de Renda de 15% na hora de honrar os pagamentos semestrais de juros. Essa condição de alto custo para internalizar recursos é nova para as empresas, especialmente as exportadoras. Antes, a grande maioria dos emissores frequentes de bônus podia trazer moeda estrangeira usando o instrumento do pré-pagamento de exportação, isento de Imposto de Renda. A modalidade, no entanto, foi limitada pelo governo a um prazo máximo de um ano, no início do ano. (Págs. 1 e C1)

Atividade melhorou em outubro
Depois do setembro ruim, a atividade econômica melhorou em outubro, segundo relatos de empresários e entidades colhidos pelo Valor em vários setores. Para economistas, essa dinâmica mais favorável pode sustentar alta próxima de 1% do PIB no quarto trimestre. Ainda há dúvidas, porém, quanto à retomada do investimento, que, pelas estimativas, teve a quinta queda consecutiva no terceiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior.

Dados preliminares indicam que as vendas de veículos, que caíram muito em setembro, cresceram 5,5% em outubro, em termos dessazonalizados. As consultas ao SPC e ao Usecheque, em São Paulo, subiram 5% e 1,6%, respectivamente, e indicam avanço do comércio. O Índice Gerente de Compras do HSBC para a indústria ficou em 50,2 pontos em outubro - pela primeira vez desde março passou de 50, o que indica expansão. (Págs. 1 e A4)

Ministro fala em 'surpresas' nas concessões
O governo está convicto de que a transmissora Cteep e a estatal paulista Cesp vão prorrogar suas concessões com vencimento entre 2015 e 2017. "Provavelmente, no dia 4, vocês terão surpresas", disse sexta-feira ao Valor o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Ele atribuiu as ameaças das empresas de não antecipar a renovação dos contratos à "expectativa dos agentes" de influenciar o conteúdo da MP 579, em tramitação no Congresso, que reduz as contas de luz e permite as prorrogações. (Págs. 1 e A3)

Rio receberá 2,5 milhões de jovens
Em julho, o Rio vai passar por um teste de infraestrutura para receber os eventos esportivos de 2014 e 2016. Cerca de 2,5 milhões de jovens católicos participarão de um encontro com o Papa Bento XVI, na 27ª Jornada Mundial da Juventude. A Copa da Alemanha, por exemplo, reuniu 3,3 milhões de pessoas em 12 cidades. Uma Olimpíada reúne 400 mil.

Grande parte desse público não ficará em hotéis ou em navios, mas na casa de anfitriões convocados pela Arquidiocese do Rio. Até agora, há residências cadastradas suficientes para receber 10 mil peregrinos e espaços para mais 150 mil. Em dezembro, será iniciada uma campanha para incentivar os moradores do Rio a participar do programa de alojamentos. O objetivo é conseguir lugar para um milhão de pessoas. No Copacabana Palace, 80 dos 243 quartos já estão reservados entre os dias 23 e 28 de julho, data em que será realizada a Jornada. (Págs. 1 e A14)

Sul testa o 'tabaco energético'
Transformar sementes de tabaco em energia pode ser uma fonte de receita alternativa para os fumicultores, acossados por campanhas contra o produto que fornecem. A Sunchem South Brazil, joint venture da italiana Sunchem com a gaúcha M&V Participações, busca investidores para o cultivo de uma variedade da planta desenvolvida e patenteada pela sócia na Itália, sem nicotina e inútil para a fabricação de cigarros, mas rica em óleo para produção de biocombustíveis.

Controlador da M&V, o engenheiro químico Sérgio Detoie Cardoso diz que o plano inclui o plantio do "tabaco energético" em sistema de integração com os agricultores locais, em cerca de 20 mil hectares em cinco anos e 50 mil em dez anos, além da usina de extração do óleo. (Págs. 1 e B12)

Nova safra de prefeitos é a mais instruída
Há uma transformação em curso no perfil dos prefeitos brasileiros. A nova safra que assumirá o cargo em janeiro de 2013 será a mais escolarizada dos últimos anos. Perto de metade dos eleitos (48,9%) tem ensino superior completo, o maior índice já registrado, segundo levantamento do Valor Data a partir de informações do TSE. Houve também uma participação recorde de empresários, que quase dobrou nas três últimas eleições - de 6,9% para 12,2%. Houve aumento no número de administradores e queda no de médicos, agricultores e comerciantes. (Págs. 1 e A7)
México, Colômbia, Chile e Peru anunciam Aliança do Pacífico para 2013 (Págs. 1 e A11)

O último grito da moda começa a vir da China (Págs. 1 e B9)

SP na contramão do emprego
Em matéria de emprego, a região metropolitana de São Paulo vai na contramão de outras cinco capitais. O desemprego aumentou de 6,1% em setembro de 2011 para 6,5% em setembro deste ano. (Págs. 1 e A2)
Sanofi olha para os emergentes
Christopher Viehbacher, disse ao Valor que o grupo farmacêutico francês, após passar a maior parte de sua história focado nos países ricos, vai agora avançar nos emergentes. (Págs. 1 e B1)
Pilotos negociam reajuste
Os pilotos da aviação comercial brasileira correm o risco de ficar sem reajuste salarial na campanha de 2012, após terem recebido 0,3% de aumento real no ano passado. Isso é o que indica a proposta apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. (Págs. 1 e B5)
Goiás 'privatiza' saneamento
O ano de 2013 deve marcar a entrada da iniciativa privada na área de saneamento de Goiás. A Saneago, estatal do setor, promove uma subdelegação dos serviços de esgoto de quatro municípios: Aparecida de Goiânia e Trindade, Rio Verde e Jataí. (Págs. 1 e B5)
Os planos da Maersk no país
A dinamarquesa Maersk, tradicional fornecedora de serviços da Petrobras, tem planos de acompanhar o crescimento da indústria de óleo e gás no Brasil, o principal mercado da empresa no mundo. (Págs. 1 e B6)
Vale fará estudo para ferrovias
A Vale vai elaborar cada um dos estudos que serão usados na concessão dos 10 mil km de ferrovias planejados pelo governo. O acordo foi fechado entre a mineradora, a EPL e a ANTT. (Págs. 1 e B7)
Paranapanema investe na Bahia
A Paranapanema pretende investir RS 30 milhões, a partir de 2014, na área de mineração de metais preciosos. Uma nova unidade será montada no complexo de produção de cobre metálico da empresa em Dias D’Ávila, na Bahia. (Págs. 1 e B8)
Bela Vista vai faturar R$ 1 bi
O laticínio goiano Bela Vista, um dos cinco maiores do país e dono da marca Piracanjuba, espera fechar o ano com faturamento de R$ 1 bilhão, cerca de 27% a mais que no ano passado. A estimativa é do diretor comercial César Helou. (Págs. 1 e B11)
Commodities agrícolas em baixa
Os preços das commodities agrícolas atingiram na sexta-feira o menor nível em mais de quatro meses nas bolsas internacionais. Só em novembro, o índice Dow Jones UBS AG, que monitora uma cesta de produtos, caiu 5,2%. (Págs. 1 e B12)
Sem proteção contra perdas
Só um em cada dez investidores consegue reaver prejuízos com ações por meio do MRP, mecanismo de ressarcimento em caso de falhas nas corretoras estabelecido pela BM&F Bovespa Supervisão de Mercados, braço de autorregulação da bolsa. (Págs. 1 e D1)
Ideias
Luiz Carlos Mendonça de Barros

Nos próximos anos será no front do investimento, principalmente privado, que a batalha pelo crescimento terá lugar. (Págs. 1 e A13)

Sergio Leo

Entre os grandes emergentes, o Brasil foi considerado pelos executivos como o mais amistoso para novos negócios. (Págs. 1 e A2)

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