segunda-feira, 26 de novembro de 2012

VALOR ECONÔMICO

Valor Econômico

Manchete: Pacote elétrico impôs a fundos perdas de até 17%
A queda das companhias de energia na bolsa provocou estragos nos fundos de ações. Desde o anúncio do pacote elétrico, há cerca de dois meses, que aumentou a aversão a empresas sujeitas a interferências do governo, as perdas em algumas carteiras superam os 17%, enquanto o principal índice da bolsa, o Ibovespa, recua cerca de 5,3%.

Levantamento realizado pelo economista Marcelo d'Agosto, do blog "O Consultor Financeiro", no portal do Valor, mostra que 17 dos 20 fundos de ações com o maior prejuízo desde 11 de setembro - dia em que foram detalhadas as condições para a renovação das concessões - são setoriais de energia e de Petrobras, geridos por grandes bancos. O estudo considerou todas as categorias de fundos de ações com patrimônio superior a R$ 10 milhões, mais de dez cotistas e acessíveis a todo tipo de investidor. (Págs. 1, D1 e D2)

KKR negocia a compra da Golden Cross
A Golden Cross, operadora carioca de planos de saúde, negocia sua venda para o fundo americano KKR.

A empresa confirmou que mantém conversas sobre um aporte com vários investidores internacionais, mas não especificamente com o KKR. Segundo fontes do setor, o fundador da operadora, o advogado Milton Afonso, de 91 anos, tem preferência pela venda e pede algo em torno de R$ 1,1 bilhão. O negócio está sendo intermediado pelo Deutsche e as conversas com o KKR ainda são preliminares. Os herdeiros são contra a venda. (Págs. 1 e B5)

Área ao lado do trem-bala pode render R$ 10 bi
A exploração imobiliária no entorno das futuras estações do trem-bala vai ajudar na conta final do empreendimento. A venda de terrenos para a construção de centros de negócios e condomínios habitacionais, por exemplo, poderá gerar receita líquida de R$ 10 bilhões - descontados os custos de desapropriações - ou, no mínimo, R$ 5 bilhões, segundo a Empresa de Planejamento e Logística. O edital de licitação está previsto para hoje.

O TGV, trem-bala que a França inaugurou em 1981, é um orgulho nacional: já transportou 2 bilhões de passageiros, nunca teve um acidente fatal e quebrou três vezes o recorde mundial de velocidade sobre trilhos. Mas para construir uma rede de 1.860 km, a estatal responsável pela infraestrutura convive hoje com uma dívida líquida de € 29,2 bilhões, ou R$ 78,3 bilhões. (Págs. 1 e A16)

Fotolegenda: BG ajusta o foco
A britânica BG Group vai reinvestir no Brasil os R$ 3,4 bilhões obtidos com a venda de sua participação na Comgás. Até 2020, a empresa planeja ser a segunda maior produtora de petróleo do país, com 600 mil barris/dia, diz o presidente do conselho, Andrew Gould. (Págs. 1 e B1)
As obras que Dilma não vai inaugurar
Burocracia, projetos mal elaborados, dificuldades com desapropriações e licenças ambientais, corrupção, ações judiciais e baixa execução orçamentária são obstáculos que impedem a presidente Dilma Rousseff de cumprir o cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Valor confrontou as informações do último balanço do programa, da semana passada, com os relatórios de 2010, quando Lula deixou sobre a mesa no Palácio do Planalto um enorme pacote de obras para que a "mãe do PAC" inaugurasse em sua gestão. Pelo menos cinco grandes obras, com investimentos de R$ 28 bilhões, não terão a fita de inauguração cortada por Dilma: a Ferrovia Oeste-Leste, na Bahia; o Complexo Petroquímico Comperj, no Rio; as obras de saneamento de Vitória (ES), a urbanização de áreas que contornam as represas Billings e Guarapiranga, em São Paulo; e a instalação de uma adutora no agreste pernambucano. (Págs. 1e A3)
Países da AL emitem dívida com baixo custo recorde
Países latino-americanos aproveitaram o momento de liquidez nos mercados externos para fazer emissões de dívida soberana com os custos mais baixos já vistos. Desde o começo de setembro, foram captados US$ 5,7 bilhões por Brasil, Chile, Uruguai, Colômbia e Costa Rica.

"Os investidores têm demonstrado forte interesse por dívida soberana em dólar com qualidade mais alta, em que os riscos de crédito do emissor são mais baixos", diz Brian Coulton, analista para crédito soberano da gestora britânica LGIM, que tem US$ 623 bilhões em ativos sob gestão. "Bônus de países como Brasil, Chile ou México oferecem rendimentos interessantes sem o risco de volatilidade da moeda". (Págs. 1 e C1)

Daikin planeja instalar fábrica de ar-condicionado no Brasil
Uma das maiores fabricantes de ar-condicionado no mundo, a japonesa Daikin traçou como meta instalar sua primeira fábrica na América Latina até 2015. Ela vai investir R$ 200 milhões no país nos próximos anos e os planos incluem uma ou até duas unidades, diz o vice-presidente da empresa no Brasil, Luiz Carlos Cabral. "Até junho de 2013, isso tem que estar definido", afirma.

A demanda brasileira é atendida por aparelhos importados e é inferior a 1% da receita global de US$ 14 bilhões (2011). Com a nova fábrica, a meta é chegar a uma participação de 5% até o fim de 2015. A Daikin fornecerá equipamentos para estádios da Copa de 2014. (Págs. 1 e B1)

Governo eficiente ajuda a economia
Nas repartições públicas onde os consultores indicados pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) chegam, logo se espalha o receio dos choques de gestão e seus temidos cortes de pessoal. O diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo, Erik Camarano, afirma, no entanto, que o excessivo número de pessoas que exercem cargos por nomeação política, um dos problemas mais criticados do sistema político brasileiro, não deve ser atacado de forma radical. "Hoje, se você extinguir esses cargos, de uma penada, paralisa serviços públicos no Brasil. São pessoas que acumularam conhecimento, que detêm a memória daquele processo. Você corre um risco real de desmonte", diz Camarano, para quem a maioria dos servidores tem espírito público. Ele defende que o ganho de eficiência nos governos pode se refletir em benefícios para o ambiente de negócios. (Págs. 1 e A8)
A AmBev estuda o lançamento de bares com suas marcas em todo o Brasil (Págs. 1 e B4)

BMG começa a operar hoje com gestão profissional (Págs. 1 e C3)

Guarulhos planeja VLT
Fora dos planos de expansão do metrô e da CPTM, a Prefeitura de Guarulhos encomendou estudos para construção de um veículo leve sobre trilhos (VLT) para melhorar o transporte público da cidade de 1,2 milhão de habitantes. (Págs. 1 e A3)
Rotatividade cai na construção
Embora seja a mais alta entre todos os setores da economia brasileira, a rotatividade da mão de obra na construção civil foi a que registrou o maior recuo nos últimos quatro anos. (Págs. 1 e A4)
Sandy pode engordar o PIB
A supertempestade Sandy está proporcionando ao nordeste dos EUA — e ao resto do país — um impulso econômico de até 0,5 ponto percentual em 2013. Os gastos com a reconstrução deverão ficar entre US$ 140 bilhões a US$ 240 bilhões. (Págs. 1 e A13)
Saúde financeira debilitada
Cerca de 25% das 339 operadoras de planos de saúde no país têm algum tipo de problema financeiro, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Destas, 72 já estão em fase de liquidação extrajudicial. (Págs. 1 e B5)
Rodofort terá fábrica em MG
A fabricante de implementos rodoviários Rodofort vai construir uma fábrica no sul de Minas Gerais. Pouso Alegre, Extrema e Poços de Caldas disputam o investimento, previsto em R$ 100 milhões. (Págs. 1 e B10)
Perspectivas cafeeiras
Em um cenário intermediário de crescimento da demanda, a OIC estima que a produção mundial de café terá de aumentar 23% até 2020, para 165 milhões de sacas. Brasil, Peru, Honduras, Etiópia, Vietnã e Indonésia deverão ter as maiores expansões. (Págs. 1 e B14)
Justiça garante filiação à Unimed
Médicos obtêm na Justiça a filiação a cooperativas da Unimed em várias cidades do país. Em geral, são recusados sob alegação de excesso de especialistas em determinada área, obrigados a se submeter a exames de seleção ou comprovar residência na cidade. (Págs. 1 e E1)
Punição à discriminação de gênero
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, com sede em Campinas (SP), mantém condenação por danos morais contra frigorífico e prestadora de serviços que demitiu trabalhador homossexual, vítima de discriminação por parte de funcionários. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Sergio Leo

O governo está disposto a negociar tratamento diferenciado para a renovação das concessões das usinas da Cemig. (Págs. 1 e A2)

Sylvester Eijffinger e Edin Mujagic

Quase todos os países ocidentais vêm adotando políticas para reduzir, ou ao menos conter, a dívida pública. (Págs. 1 e A15)

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