terça-feira, 27 de novembro de 2012

VALOR ECONÔMICO

Valor Econômico

Manchete: Abilio pede definição sobre o futuro do Pão de Açúcar
Pela primeira vez, o empresário Abilio Diniz formalizou o interesse de sair do grupo Pão de Açúcar e ficar com a Via Varejo, em carta enviada diretamente a Jean-Charles Naouri, dono do Casino. Espera com isso acabar com desconfianças do sócio sobre sua intenção. No texto, ao qual o Valor teve acesso, Abilio diz que é preciso definir “qual rota" irão tomar e enfatiza que essa “indefinição” é prejudicial à companhia.

A carta foi enviada pouco antes de Abilio decolar para Paris, onde tentou ontem participar de reunião sobre o planejamento estratégico do Pão de Açúcar. Mas o empresário não passou da recepção. Dali mesmo, mandou e-mail a Naouri: "A proibição de minha participação (...) será considerada ofensa aos meus direitos, com as responsabilizações e demais consequências cabíveis". Naouri respondeu a Abilio em carta de quatro parágrafos, cujo teor foi divulgado ontem pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor: "O encontro discute a visão de longo prazo do Casino e nós não somos obrigados a dividir essas visões com você (...), especialmente à luz de uma reiterada e explícita intenção de obter modificações em acordos que nos amarram, com o objetivo de concorrer com o GPA", escreveu Naouri. (Págs. 1, B1 e B5)

Indenização a elétricas pode ser revista
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, admite que o governo poderá revisar alguns valores das indenizações para as empresas de energia sujeitas à MP 579, que trata das renovações das concessões do setor elétrico. "Está sendo analisado. Eventualmente vai sair uma outra portaria corrigindo os valores. Eventualmente", disse Tolmasquim, que responde pelo planejamento energético. Cesp, Cemig, Celesc e a paulista Empresa Metropolitana de Águas e Energia entraram com recurso administrativo questionando o valor da indenização. (Págs. 1 e A9)
Intervenção expõe risco de institutos de previdência
A liquidação extrajudicial da Diferencial, uma corretora de Porto Alegre, revelou o alto risco ao qual estavam expostos dezenas de institutos de previdência de Estados e municípios. Esses institutos aplicaram dezenas de milhões de reais em um fundo gerido pela Diferencial com características incomuns.

Antes da liquidação, 40% do patrimônio do fundo correspondiam a papéis prefixados dos bancos BVA, PanAmericano e Rural, com vencimentos longos, de 2020 até 2030, e rentabilidade de até 18% ao ano. A intervenção do BC no BVA, em outubro, provocou perdas de R$ 240 milhões para os investidores, o equivalente a 36,4% do patrimônio, conforme fato relevante divulgado em 24 de outubro. (Págs. 1 e C14)

Fotolegenda: Banho de leite
Produtores esguicham leite em policiais durante manifestação em frente ao Edifício do Parlamento Europeu, em Bruxelas: os agricultores levaram também seus tratores para as ruas para protestar contra os preços do leite, que consideram injustos na comunidade europeia. (Pág. 1)
Custo de manutenção das reservas cai muito
A desvalorização cambial e a queda da taxa Selic, do segundo semestre de 2011 para cá, reduziram brutalmente o custo de carregamento das reservas internacionais. De 2008 até setembro deste ano, o custo foi de R$ 3,33 bilhões, segundo dados do Banco Central. Não fosse a desvalorização do real, essa conta teria sido negativa em R$ 116,47 bilhões.

Manter reservas cambiais tem um custo fiscal que resulta da diferença entre o rendimento obtido pelo BC com as aplicações das reservas em ativos no exterior e o que paga de juros para esterilizar, internamente, os recursos acumulados. (Págs. 1 e C1)

Brasil tem o maior ganho em bem-estar social
O Brasil foi o país que melhor usou o crescimento econômico nos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar de sua população. Se o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu ao ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011, os ganhos sociais foram equivalentes aos de um país com crescimento anual de 13%, segundo levantamento feito pela Boston Consulting Group (BCG), que comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países. O desempenho brasileiro é atribuído principalmente à distribuição de renda. Depois do Brasil, aparecem no ranking Angola, Albânia, Camboja e Uruguai. A Argentina ficou na 26ª colocação. (Págs. 1 e A8)
'Crime e castigo' reduz penas de detentos em SC
Os presos da penitenciária de Joaçaba (SC) encontraram um benefício inusitado na leitura dos clássicos da literatura universal - a diminuição das penas. Ler "Crime e Castigo", do escritor russo Fiódor Dostoiévski, poderá reduzir em quatro dias o tempo de encarceramento. Eles passarão por uma avaliação do juiz Márcio Umberto Bragaglia e seus assessores.

Em junho, portaria do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Justiça Federal instituiu um programa similar, o "Remissão pela leitura". Os participantes têm até 30 dias para realizar a leitura e ao fim do período devem escrever uma resenha. Mais de 1,2 mil presos já diminuíram suas penas lendo clássicos, segundo o Depen. (Págs. 1 e E1)

França ameaça expulsar ArcelorMittal por ‘mentir’ e ‘chantagear’(Págs. 1 e A15)

Governo reduz contingenciamento
O governo diminuiu em R$ 8,4 bilhões o contingenciamento de R$ 35 bilhões que tinha feito nas chamadas despesas discricionárias. O Ministério da Defesa foi autorizado a gastar mais R$ 1,7 bilhão em quatro projetos considerados estratégicos. (Págs. 1 e A6)
Buritirama adia expansão
A queda nos preços do manganês levou a Buritirama, mineradora da holding Bonsucex, a adiar um investimento de US$ 300 milhões em sua mina de manganês, na região de Carajás (PA), que incluia logística de transporte e planta de sinterização. (Págs. 1 e B6)
Cosan planeja investir R$ 5 bi
A Cosan pretende investir R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, com destaque para as áreas de combustíveis e gás canalizado. A compra da Esso marcou a mudança do foco, reforçada neste ano com a oferta pela Comgás e a negociação para entrar na ALL. (Págs. 1 e B7)
Café
Oferta dos chamados cafés gourmet no Brasil dobrou entre 2008 e 2011. “Entramos atrasados nesse mercado, mas acredito que temos conseguido reverter a imagem de grandes produtores de baixa qualidade”, diz Vanusia Nogueira, da Associação Brasileira de Cafés Especiais. (Págs. 1 e Caderno especial)
Rumo aos portos
Criada pelo grupo Cosan para movimentar commodities agrícolas por ferrovia, a Rumo Logística tem interesse em expandir sua atuação no setor portuário. O alvo é o pacote de investimentos a ser lançado pelo governo até o fim do ano. (Págs. 1 e B12)
Energia solar em Fernando de Noronha
O grupo Neoenergia lançou edital internacional para construção da primeira usina de energia solar da Ilha de Fernando de Noronha, no litoral de Pernambuco. O projeto está avaliado em R$ 5 milhões. (Págs. 1 e B13)
Ideias
Delfim Netto

Ninguém acredita, nem o BC, que no longo prazo a política de câmbio fixo e o sistema de metas de inflação sejam compatíveis. (Págs. 1 e A2)

Raymundo Costa

O Partido dos Trabalhadores não se entende sobre o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito do Cachoeira. (Págs. 1 e A11)

Na OMC, União Europeia ataca o novo regime automotivo brasileiro (Págs. 1 e A16)

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