quinta-feira, 22 de novembro de 2012

VALOR ECONÔMICO

Valor Econômico

Manchete: Exportadoras têm R$ 10 bi em créditos fiscais retidos
Doze das quinze maiores exportadoras brasileiras de capital aberto tinham créditos a recuperar de PIS e Cofins que somavam R$ 10 bilhões em setembro. Esse valor é 7,5% maior que o contabilizado em seus balanços no fim do ano passado. Isso significa que, nos nove primeiros meses do ano, esse conjunto de empresas teve mais créditos de PIS e Cofins do que débitos de tributos federais compensáveis. Parte do valor pode dar origem a créditos acumulados.

Esses números espelham um problema comum entre os exportadores, que não conseguem reaver de forma rápida os impostos recolhidos sobre insumos utilizados na produção de itens exportados (isentos de tributação). O crédito de PIS e Cofins é considerado acumulado quando não é usado para pagar tributos federais até três meses após a apuração. Depois desse prazo, a empresa pede o ressarcimento dos valores à Receita Federal. A devolução mais rápida do crédito acumulado de PIS e Cofins é um pleito antigo das empresas e voltou à pauta com a reforma que o governo federal promete fazer nas duas contribuições. (Págs. 1 e A3)

Quinta queda trimestral dos investimentos
Os estímulos concedidos ao investimento pelo governo não foram suficientes para reanimar os empresários. Segundo cálculos de economistas, o consumo aparente de bens de capital voltou a recuar no terceiro trimestre, em relação aos três meses anteriores, com ajustes sazonais. Para eles, é um indício forte de que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu pelo quinto trimestre consecutivo. Essa reação destoa da ocorrida após a crise de 2008, quando a queda dos investimentos foi mais intensa, mas recuou por apenas dois trimestres. As incertezas sobre a recuperação da atividade que travam os investimentos devem se dissipar ao longo dos próximos meses e a trajetória de queda deve se reverter, ainda que de forma moderada, a partir do último trimestre do ano. (Págs. 1 e A6)
Fotolegenda: Papel de fornecedor
Para a Bombardier, não há dúvida de que o trem-bala São Paulo-Rio é um bom negócio, mas a empresa resiste à ideia de liderar um grupo na disputa pelo empreendimento. "Isso é função das companhias de operação ferroviária, instituições financeiras e fundos de pensão", diz André Guyvarch. (Págs. 1 e B9)
Gerdau pede olhar político nas concessões
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República, afirmou ontem que a possibilidade de extensão do prazo para adesão das empresas ao plano de renovação antecipada das concessões no setor elétrico, que expira dia 4 de dezembro, depende de "uma condução política que tem que ser analisada".

Gerdau disse que, "tecnicamente, a alternativa do governo está correta, mas o processo político não se esgota só pela tecnicidade". Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff está "absolutamente certa" ao determinar a antecipação, mas é "evidente que, como é uma medida muito forte, existem conflitos de interesse".

As ações da Eletrobras voltaram a cair fortemente ontem. Os papéis preferenciais recuaram 20,08%, com baixa de 51,5% no mês. (Págs. 1, B10 e C2)

Dias difíceis para o setor aeroespacial
O mercado aeronáutico sentiu o baque da crise econômica nos Estados Unidos e Europa e os fornecedores da Embraer no Brasil foram atingidos em cheio. Eles tiveram queda de encomendas da ordem de 20% a 30% e a disputa por novos contratos está cada vez mais acirrada pela entrada de novos competidores.

A dependência das encomendas da Embraer, que vem reduzindo o volume de compra de peças no Brasil, e a falta de capacidade financeira para investir em novos projetos e tecnologias são apontadas como as principais causas para a situação crítica que ameaça a cadeia aeronáutica brasileira, formada por cerca de 120 empresas. (Págs. 1 e B6)

Grupos de ensino do país estão entre os maiores do mundo
A brasileira Kroton e a chinesa New Oriental disputam palmo a palmo a liderança entre as maiores empresas de educação listadas em bolsa no mundo, segundo ranking elaborado pelo Valor Data com dados da Economática.

Na quarta-feira, o valor de mercado da New Oriental era de US$ 3,025 bilhões e o da Kroton, US$ 2,904 bilhões. Mas essa posição vem se alterando a cada fechamento de pregão. Há cerca de dez dias, a liderança era da brasileira. (Págs. 1 e B1)

Sobrevivência do Protocolo de Kyoto em jogo
Delegados de mais de 190 países se reúnem em Doha, no Qatar, a partir de segunda-feira, para resolver um problema inadiável: definir o destino do polêmico Protocolo de Kyoto. A primeira fase do acordo internacional sobre corte nas emissões de gases-estufa termina neste ano. Se não for renovada, será a última. E há dificuldades para isso. EUA, Canadá e Japão estão fora do segundo período de compromissos e os europeus podem não querer arcar sozinhos com o peso da urgente agenda ambiental. (Págs. 1 e A17)
Mineradoras buscam máquinas de segunda mão que estão paradas nos EUA (Págs. 1 e B18)

Startups brasileiras já atraem profissionais estrangeiros, como Cohler (Págs. 1 e D4)

Incertezas freiam projetos
Câmara aprova em primeiro turno proposta de emenda à Constituição que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, entre eles FGTS e seguro-desemprego. (Págs. 1 e A12)
Dissensão congela Consecitrus
Divergências históricas entre produtores de laranja e indústrias de suco e recentes desentendimentos entre as entidades que representam os próprios citricultores levam o Cade a paralisar o processo de criação do Consecitrus. (Págs. 1 e B17)
Fundos cambiais voltam ao radar
Recente valorização do dólar já reverte a tendência de resgate líquido nos fundos cambiais, que também apresentaram os maiores ganhos no mês, até o dia 16, com rentabilidade média de 2,16%. (Págs. 1 e D2)
Primeiro o lazer, depois o dever
Pesquisa mostra que parcela dos consumidores brasileiros que pretende destinar ao lazer os recursos que sobrarem após as despesas essenciais subiu de 35% para 41% do segundo para o terceiro trimestre. Quitação de dívidas é a opção de 38%. (Págs. 1 e D3)
TST reforça sigilo bancário
Justiça condena banco a indenizar funcionária que teve sigilo bancário quebrado pela própria instituição financeira durante auditoria interna que apurava desvio de recursos. A indenização é cabível mesmo que os dados não sejam divulgados. (Págs. 1 e E1)
Conciliação prejudicada
A paralisação de juízes federais e trabalhistas, nos dias 7 e 8 deste mês, teve impacto sobre os resultados da VII Semana Nacional de Conciliação. Na Justiça do Trabalho, por exemplo, o número de audiências caiu mais de 50% em relação ao mutirão de 2011. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Ribamar Oliveira

Redução do superávit primário do setor público, incluídos Estados e municípios, deve superar R$ 40 bilhões. (Págs. 1 e A2)

Mansueto Almeida

Dados das contas públicas levantam dúvidas sobre a capacidade de o governo elevar investimentos e reduzir tributos. (Págs. 1 e A19)

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