quarta-feira, 21 de novembro de 2012

VALOR ECONÔMICO

Valor Econômico

Manchete: Bancos ganham na Justiça ações contra os derivativos
Os contratos de derivativos cambiais, que durante a crise de 2008 e a disparada do dólar afetaram as finanças de grandes grupos como Sadia, Aracruz e Votorantim, causando prejuízos bilionários, têm sido reconhecidos como legítimos pelo Judiciário. As empresas que questionaram a validade dessas operações têm perdido os processos tanto na primeira quanto na segunda instância. Nas condenações, os magistrados consideram que as companhias assumiram riscos previsíveis ao apostar nesse tipo de investimento e determinam que os bancos sejam ressarcidos.

Levantamento feito para o Valor pelo escritório Wald Associados Advogados mostra que há pelo menos 27 ações sobre o tema em tramitação na Justiça. Em praticamente todas as instituições financeiras tiveram ganho de causa. Treze desses processos já chegaram aos Tribunais de Justiça com vitória também dos bancos. Entre os casos há ações de empresas como a Imcopa, processadora de soja, a catarinense Tuper, processadora de aço, a Doux Frangosul, produtora de aves e embutidos, e a varejista de móveis e decoração Tok & Stok. (Págs. 1 e E1)

Programas sociais e INSS puxam gastos
INSS e programas de transferência de renda puxaram o aumento de 11,8% nas despesas não financeiras do governo federal de janeiro a setembro, que atingiram R$ 587,7 bilhões, ou 18,03% do Produto Interno Bruto (PIB). Os gastos com INSS subiram 12,9% no período, para R$ 231,5 bilhões, enquanto que os do Bolsa Família, benefícios da Lei Orgânica de Assistência Social, seguro-desemprego e abono salarial avançaram quase 18%, para R$ 70,1 bilhões. Juntas, aumentaram 0,58% do PIB, respondendo por 73% do crescimento total das despesas não financeiras, de 0,79% do PIB.

Já os gastos com pessoal subiram 3,2% e caíram de 4,32% do PIB nos três primeiros trimestres de 2011 para 4,17% no mesmo período de 2012. (Págs. 1 e A3)

Energia eólica atrai o Santander
O Santander inaugura em dezembro, no Ceará, o primeiro dos dez parques eólicos nos quais tem participação acionária no Brasil. Único banco que investe diretamente em projetos de geração de energia eólica no país, pretende expandir sua atuação nos próximos leilões do governo. Na Espanha, o Santander tambem é um dos maiores investidores nessa área.

Hoje, o banco controla ou é sócio de três complexos em construção no Nordeste e no Rio Grande do Sul, que reúnem dez parques eólicos. Juntos, terão capacidade para gerar 226 MW quando concluídos, entre 2014 e 2015. Só na subsidiária brasileira, cerca de 40 pessoas estão envolvidas com essa área. O Santander não revela quanto investiu no setor. O banco ajudou a desenvolver outros projetos, mas vendeu sua participação. (Págs. 1 e B9)

Fotolegenda: Teste de forças
A presidente Cristina Kirchner enfrentou ontem a primeira greve geral desde que assumiu o poder, em 2007. O movimento parou serviços de ônibus, trem e metrô em Buenos Aires. Estações movimentadas, como a de Retiro, ficaram desertas. Bancos, muitas escolas e parte do comércio fecharam. (Págs. 1 e A13)
Compra de imóvel dá visto para a Europa
Quem passeia por Madri vê muitos cartazes de apartamentos à venda, refletindo a tentativa desesperada de seus proprietários de se livrarem de dívidas. A Espanha tem estoque de 800 mil a um milhão de imóveis à venda - e não há compradores. Os preços já caíram 30% desde o início da crise.

O governo espanhol planeja agora atrair estrangeiros com autorização de residência quase automática por três anos aos que adquirirem um imóvel no país por montante superior a € 160 mil (R$ 426 mil). Essa exceção na lei de estrangeiros para investidores se baseia no que já fizeram outros países em crise na zona do euro. Há um mês, Portugal passou a dar carta de residência para todo estrangeiro que comprar um imóvel de pelo menos € 500 mil (R$ 1,33 milhão), norma igual à da Irlanda. No Reino Unido o valor mínimo é de € 1,25 milhão. Na França, a exigência é maior: € 10 milhoes. (Págs. 1 e A13)

Fotolegenda: Petróleo é prioridade
Reinaldo Garcia, presidente da GE na América Latina: empresa vai avançar no setor de petróleo no Brasil e investe R$ 500 milhões em seu centro de pesquisa no Rio. (Págs. 1 e B7)
México ganha maior peso na indústria automotiva (Págs. 1 e B11)

CEOs dão a receita para retomada do crescimento nos Estados Unidos (Págs. 1 e B12)

Cade "estreia" a lei antitruste
Cinco meses após a nova lei antitruste, pela primeira vez o Cade barrou um negócio antes de sua realização. A compra da Seaviation pela Proair, prestadoras de serviços aeroportuários, dependerá de alterações no contrato para viabilizar a concorrência. (Págs. 1 e B5)
BNDESPar entra na Oceana
O BNDESPar anuncia hoje seu primeiro investimento no setor de construção naval ao assumir 25% da Oceana Offshore — empresa pré-operacional de construção e operação de navios de apoio à produção de petróleo e gás — por R$ 122 milhões. (Págs. 1 e B7)
Ammann terá fábrica no país
A fabricante suíça de equipamentos Ammann vai instalar em Gravataí (RS) sua fábrica na América Latina para produção de usinas de asfalto. Em uma segunda fase deverão ser montados compactadores e pavimentadores. (Págs. 1 e B10)
Mais dinheiro no campo
O Valor Bruto da Produção agropecuária do país deverá alcançar R$ 367 bilhões neste ano, segundo projeção da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Se confirmado, será 11,2% superior ao de 2011. (Págs. 1 e B18)
Ideias
Cristiano Romero

Não há mais dúvidas de que o governo deixará o real se desvalorizar ainda mais frente ao dólar. (Págs. 1 e A2)

Pedro Cavalcanti e Renato Fragelli

A crescente intervenção do governo na economia aponta para um país menos produtivo e mais ineficiente. (Págs. 1 e A15)

Os executivos mentem, dizem os executivos
Os dirigentes brasileiros mentem, principalmente quando o assunto é gestão. É o que mostra pesquisa realizada com 330 representantes do alto escalão das maiores empresas em operação no país, sendo 48% com faturamento anual superior a R$ 5 bilhões. No estudo, os executivos admitem que a mentira em suas companhias é comum em assuntos relacionados aos funcionários, fornecedores, parceiros e até ao governo. "Eles dizem uma coisa e fazem outra", afirma a pesquisadora e consultora Betania Tanure, que conduziu o estudo. Entre os pesquisados, 74% admitem que o discurso oficial é oposto ao que acontece na prática. (Págs. 1 e D3)

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