quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Movimentos sociais lançam bases de plataforma para eleições 2010

Os movimentos sociais aprovaram um documento com pelo menos50 propostas, que devem ser consolidadas em uma plataforma para as eleições. Os itens voltam a ser discutidos em uma grande reunião, em São Paulo, no dia 31 de maio.

Depois de uma semana de discussões, a Carta da Assembleia dos Movimentos Populares marca o encerramento do fórum, evento que reuniu35 mil pessoas na capital gaúcha e em cinco cidades da região metropolitana, em mais de 900 atividades.

O documento contempla propostas em favor da reforma agrária, da garantia dos direitos sociais, do direito à comunicação, contra a instalação de bases militares na América Latina e contra políticas neoliberalistas. O enfrentamento ao racismo também é um dos destaques do texto.

A consolidação de propostas é o principal destaque desta edição do FSM, na avaliação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). As centrais sindicais também vão aproveitar a carta da assembleia para construir uma plataforma para eleições e voltam a se reunir em 1º de junho, em São Paulo.

“Saímos daqui com a consciência de que precisamos ser mais propositivos. Chega de fazer diagnóstico. Nosso diagnóstico foi concluído com a crise financeira, os próximos fóruns precisam dizer o que precisar ser feito daqui para frente”, afirmou o diretor da CUT, Quintino Severo.

A representante da União Brasileira de Mulheres, Lúcia Stumpf, disse que o fórum ainda não conseguiu “captar as transformações da sociedade” em relação ao feminismo. Ela afirmou ainda que é preciso avançar em relação a uma maior participação de mulheres nas mesas de debate.“A conquista de uma sociedade livre do machismo, do racismo, da homofobia é uma conquista que vamos conseguir passo a passo, mesmo em espaços avançados como são os fóruns”, afirmou ao comentar o percentual de 60% de mulheres entre os participantes.

Integrante da Federação Única dos Petroleiros Antonio Carlos Spis esclareceu que a carta ainda precisa ser mais debatida antes da consolidação de uma plataforma, que também incorporará propostas do Fórum Social Temático da Bahia, que começa hoje, com caráter governamental.

“O fórum é um movimento sempre crítico, amplo, com mais de mil entidades. O importante é encontrar consensos, respeitar as posições e construir unidade”, destacou.

As informações são da Agência Brasil

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