MST e Copetti Neves entram em confronto no Botuquara

MST fotografa e filma capangas de Copetti armados no São Francisco

É tenso o clima no Sítio São Francisco II, na região do Botuquara, na área rural de Ponta Grossa. Após os conflitos registrados na tarde desse sábado de Carnaval, quando integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e funcionários (ou amigos) do tenente-coronel reformado da PM, Valdir Copetti Neves, a Polícia Militar, assim como fez no final de semana retrasado, quando a propriedade foi invadida, mantém soldados na propriedade. Reforços de Curitiba poderão ser solicitados pelo comando do 1º Batalhão caso exista indicativo de novos desentendimentos. A Polícia Federal também está atenta e poderá enviar equipes de Guarapuava – e também da capital – para a região. Essa área está em litígio.

O sítio São Francisco estaria dentro da área de domínio da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa). Copetti Neves, entretanto, afirma tê-lo adquirido há vários anos de uma imobiliária da cidade. Ele sustenta ter documentos. A Embrapa entrou na Justiça e quer a área novamente. O MST, por seu lado, também a cobiça para transformá-la num assentamento. No sábado, por volta das 15h30, mais de 20 policiais militares foram deslocados ao sítio por causa de confronto entre as duas partes. Os aliados de Copetti sustentam ter sido alvo de provocações e de supostas intimidações. Os sem-terra os rebatem, afirmando que os “os capangas de Copetti armaram-se para tentar expulsá-los”.

A PM precisou agir com muito cuidado para não agravar a situação. Um sem-terra afirma ter sido atingido por uma bala de borracha. O MST também fotografou e filmou funcionários do tenente-coronel armados. O material foi enviado nesse final de semana à Redação do Diário dos Campos. O tenente-coronel não foi encontrado para comentar a acusação. Fonte ouvida pelo DC assessura que o confronto aconteceu porque os sem-terra tentaram expulsar o coronel e a família do sítio.

Fonte: Diário dos Campos