quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A guerra no Afeganistão: ecos do Vietnã

Escrito por Noam Chomsky

O War Logs (bússolas da guerra), um arquivo de documentos militares confidenciais que abarcam seis anos da guerra do Afeganistão, publicados na internet pela organização Wikileaks, relatam uma luta inflamada e cada dia mais encarniçada, na perspectiva dos Estados Unidos. E, para todos os afegãos, um horror crescente.

Os War Logs, por mais valiosos que sejam, podem contribuir para a doutrina prevalente de que as guerras são algo mau só se não são exitosas – algo assim como o que os nazis sentiram depois de Stalingrado.

No mês passado ocorreu o fiasco do general Stanley A. McChrystal, obrigado a se retirar do comando das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e substituído por seu superior, o general David H. Petraeus. Uma provável conseqüência é um relaxamento das normas de combate, de forma que se torne mais fácil matar civis, e um prolongamento da guerra à medida que Petraeus use sua influência para conseguir este resultado no Congresso.

O Afeganistão é a principal guerra em curso do presidente Obama. A meta oficial é nos proteger da AlQaeda, uma organização virtual, sem base específica – uma rede de redes e uma resistência sem líderes, como foi chamada na literatura profissional. Agora, ainda mais do que antes, a AlQaeda consiste em facções relativamente independentes, associadas frouxamente ao redor do mundo.

A CIA calcula que entre 50 e 100 ativistas da AlQaeda talvez estejam no Afeganistão, e nada indica que os talibãs desejem repetir o erro de dar refúgio à AlQaeda. Por outro lado, o talibã parece estar bem estabelecido em seu vasto e árduo território, uma grande parte dos territórios pashtun. Leia mais

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