segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Poesia: flor de lisboa

(para Ana Griffo Antunes Coimbra)

perguntei por cantar
por que canto?
enquanto encanto a dor
num espanto!
luas e sóis na minha voz
e a canção por um fio.

ah! fina flor de lis boa
ah, na boa, coimbra!
és leve águia e leoa
e soas entre as sílabas.

teço teu fado alado
por isto grifo teu mito
e teu sorriso de fato
finda meus conflitos,
a fúria dos ventos impunes
ante a tudo, que antes unes...

ah! naquilo que musico
há! ana, ana griffo
dá-me o teu charme castelã
deixa-me rei dos teus fãs.

oceânicas perguntas!
cavalos marinhos
acesos em nossas bocas,
azuis, azuis, azuis do mais íntimo
do espelho que despe-se a toa:
nunca vi tantas mulheres numa!

ah! braços de porto e gal
à sombras de caetanos
e caravelas amamos
em nossas praias de mel e sal.

contemporaneamente antigo,
é meu beijo de porquês,
pois este poema é um jeito
de viajar um pouco contigo
sem que as malas as tenha feito
assim te amo em português...

Jorge Barbosa Filho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se não tiver conta no Google, opte por "Comentar como: Nome/URL", sendo que o campo URL não precisa ser preenchido.

Não serão tolerados ataques pessoais.