quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Correa denuncia conspiração para boicotar consulta popular

(Prensa Latina) O presidente equatoriano, Rafael Correa, denunciou a existência de uma conspiração de vários setores para boicotar a consulta popular e o referendo solicitado pelo Executivo.

"Digo-lhes que virá o pior, há uma conspiração de certa imprensa, corruptos que abusam de seu poder, vão tentar fazer pensar que o Governo é corrupto e desorientar as pessoas e ganhar na Consulta com o Não, já começaram", afirmou Correa.

O povo, enfatizou o Presidente em declarações a jornalistas de Cuenca, deve ter claro que nesta conjuntura como em outras, o país não conta com uma oposição democrática, mas com uma ala que busca caluniar, boicotar e pescar em rio revolto.

"Essa oposição é nefasta para a democracia", manifestou, depois de ressaltar a necessidade de uma classe política com educação, cultura e espírito democrático.

De igual forma, Correa negou categoricamente que os indígenas shuar detidos depois da morte do professor bilíngue Bosco Wisuma estivessem presos por serem indígenas, mas sim por terem incitado à violência em um protesto efetuado em Macas, no dia 30 de setembro de 2009.

Criticou a quem qualificou de "pseudo intelectuais de esquerda" que interpretam todo este processo, no qual houve um assassinato, simplesmente como perseguição política.

Questionou a manipulação que tem tido a demanda de três dirigentes shuar e assinalou que José Acacho, Fidel Kaniras e Pedro Mashian não estavam detidos por serem dirigentes indígenas, "mas porque estão envolvidos em um assassinato".

Além disso, disse o Chefe de Estado, porque ao incitar à violência resultaram 40 policiais feridos com balas de chumbo e "que se não tivessem usando coletes a prova de balas pelo menos uma dúzia teria morrido".

Para a detenção, explicou, investigou-se mais de um ano, recopilaram provas que sustentam a demanda, a autópsia, imagens fotográficas, versões de familiares de Wisuma e o relatório de uma legista francesa que ratificou uma bala de chumbo como causa de sua morte.

Nesta terça-feira, a juíza da segunda vara de Trabalho, Infância e Adolescência do Tribunal de Justiça de Pichincha, concedeu o recurso de habeas corpus aos três dirigentes detidos, com o qual obtiveram a liberdade

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