quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Praia Girón: mais liberdade para os povos da América

Havana, 23 fev (Prensa Latina) A vitória de Cuba contra uma invasão organizada e financiada pelo governo dos Estados Unidos há quase 50 anos permitiu novas oportunidades históricas de liberdade para os povos latino-americanos.

Menos de 72 horas bastaram às Forças Armadas Revolucionárias da ilha, lideradas pessoalmente por Fidel Castro, para derrotar o desembarque de uma brigada inimiga pela Praia Girón, ocorrido em 17 de abril de 1961.

Os invasores pretendiam tomar inicialmente esse ponto da ocidental província de Matanzas, conhecido como Baía dos Porcos para os círculos políticos de Washington, instalar ali um "governo" paralelo que a Casa Branca reconheceria, e depois avançar sobre a capital cubana.

Como prelúdio ao desembarque, em 15 de abril, aviões militares com insígnias cubanas, mas procedentes da América Central e tripulados por contrarrevolucionários, bombardearam aeroportos de Havana e Santiago de Cuba.

Cuba inteira se colocou em pé de guerra e, na esquina central de 23 e 12 do bairro da capital Vedado, durante a despedida do duelo das vítimas dos ataques aéreos, Fidel Castro proclamou o caráter socialista da Revolução iniciada em 1 de janeiro de 1959.

Os sangrentos combates finalizaram no entardecer de 19 de abril com a rendição dos agressores, agrupados na denominada Brigada 2506, e o saldo de mais de 150 combatentes revolucionários mortos e vários civis assassinados pela aviação inimiga.

Por outro lado, 1.200 prisioneiros foram devolvidos posteriormente aos Estados Unidos, que reconheceu seu papel de autor intelectual e chefe da empreitada, em troca de remédios e alimentos para crianças da ilha.

Depois da vitória de Girón, Cuba ficou mais fortalecida para enfrentar, posteriormente, a muito perigosa Crise de Outubro de 1962, quando o mundo esteve a ponto da guerra nuclear, e protagonizar páginas de internacionalismo em ajuda a outros povos.

A decisão dos cubanos de manter-se donos de seus destinos acabou com uma das mais violentas ações dos Estados Unidos contra um povo latino-americano.

Fidel Castro indicou que esta batalha definiu a alternativa entre o passado e o futuro, a reação ou o progresso, a traição ou a lealdade aos princípios, o capitalismo ou o socialismo, o domínio imperialista ou a libertação.

"Diga-se o que se diga, a partir de Girón todos os povos da América foram um pouco mais livres", afirmou o líder da Revolução Cubana.

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