quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O PMDB NÃO É BALCÃO DE NEGÓCIOS

por Hasiel Pereira

Há dentro dos quadros do PMDB de Curitiba, um diminuto grupo defendendo que o partido participe da coligação da candidatura à reeleição do atual prefeito Luciano Ducci. O indigitado mascate peemedebista, que se coloca como líder do tal movimento, tenta colocar o partido no colo de Luciano Ducci e, por tabela, no puleiro do tucanato de Beto Richa. Este grupelho transita, até a presente data, em oculto., embora os seus contornos já se apresentem bem visíveis nos bastidores e no noticiário plantados nas colunas de jornais e nos blogues da cidade.

O inusitado biscateiro que se apresenta como líder da agremiação peemedebista não tem coragem de mostrar sua cara e sequer coloca a estapafúrdia ideia em discussão no Diretório Municipal do partido. As razões são óbvias. Quem defende esta proposta de natureza tão intempestiva deve ter muitos e reais motivos para colocar o PMDB num vantajoso balcão de negócio.

E assim, à sorrelfa, vai se desenhando entre as forças políticas, que até anteontem era antagônicas, um verdadeiro pacto fisiológico na base do toma-lá-da-cá. Cabe neste momento, se é que lhe interessa, ao senador Roberto Requião, que se orgulha de ter passado a vida política inteira combatendo este tipo de conduta, puxar as orelhas dos mercenários vendilhões do partido.

Luciano Ducci, todos sabemos, é um político criado no berço do ex-governador Jaime Lerner. Da mesma forma é muito leal ao seu padrinho político o governador Beto Richa. Ducci mesmo sendo filiado ao PSB, opoiou José Serra na eleição passada para presidente, indo na contramão do seu partido que ainda hoje faz parte da base de sustentação da corajosa Presidenta Dilma.

Se DUcci vier a ser eleito prefeito de Curitiba, o seu próximo passo em 2014 seria o de apoiar o bloco conservador PSDB/DEM para a Presidência da República. Logo, neste acerto, não cabe a participação do PMDB pois esta aliança é antagônica aos interesses da militância da agremiação, a começar por aqui na capital paranaense.

Nas últimas eleições municipais de Curitiba, o partido, se deixando levar pelo impulso do hoje senador Requião, teve resultado eleitoral pífio nas urnas. Uma aventura que se não fosse trágica teria sido uma comédia.

Com o controvertido candidato Reitor Moreira a prefeito de Curitiba amargando humilhante 1% do votos válidos na última eleição municipal e com o PMDB elegendo apenas 2 vereadores na Câmara da capital paranaense.

Em Curitiba ficou muito claro que o atual grupo dirigente municipal, ouvindo cegamente as ordens do então governador Requião, conduziu o partido àquele fracasso eleitoral. Insistir nesta equivocada estratégica é levar o nosso partido ao total aniquilamento. Faz-se urgente reconstruir o partido. O PMDB não pode estar a serviço de interesses mesquinhos, antagônicos com a nossa história!

Por outro lado, o partido necessita de reoxigenar suas entranhas. Buscar uma profunda reestruturação, se preparar para novos desafios e para os próximos embates eleitorais, tendo à sua frente líderes que tenham coerência com as bandeiras do partido que ao longo de sua história tornou – se um símbolo de resistência neste país.

Um gesto de grandeza do senador Requião seria o de – na posição de líder do partido - dar sua contribuição nesta tarefa. Colocando fim às possíveis e indesejadas negociatas que se movem nos porões da política paranaense e, capitaneando um virtuoso movimento - que já permeia o partido - trazer de volta para agremiação o intrépido e irrepreensível Gustavo Fruet.

Com o partido viabilizando igualmente esta candidatura para concorrer às eleições em Curitiba ano que vem. E com isto, reestruturando e fortalecendo internamente o PMDB e, externamente, oferecendo uma rica e brilhante opção para a população de Curitiba. E ao mesmo tempo abrindo perspectivas consagradoras para as eleições de 2014., promovendo um arco de alianças no campo político popular reunindo o PT, PMDB, PDT, PC do B e demais partidos da chamada esquerda brasileira.

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