Morre, aos 104 anos, arquiteto Oscar Niemeyer
Ele foi autor de grandes obras da arquitetura moderna, como o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada e o edifício Copan; deixa construções também na África e na Europa
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“O mais importante não é a arquitetura, mas a vida, os amigos e este mundo injusto que devemos modificar.” Essa foi uma das famosas frases de Oscar Niemeyer, um dos nomes mais influentes na arquitetura moderna internacional e pioneiro na exploração de novas formas de construções e plásticas do concreto armado.
Niemeyer morreu ontem à noite, no Rio, aos 104 anos. Ele estava hospitalizado, com uma infecção respiratória.
O velório será realizado hoje, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Nascido no Rio, em 15 de dezembro de 1907, Niemeyer formou-se em Arquitetura na Escola Nacional de Belas
O arquiteto Oscar Niemeyer visita em 2003 o Palácio da Alvorada, uma de suas construções mais célebres em Brasília |
Artes. Casou-se com Annita Baldo, com quem teve sua única filha, Anna Maria. O arquiteto ficou viúvo em 2004.
Dois anos mais tarde, casou-se com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira.
Niemeyer começou a frequentar o escritório de Lucio Costa em 1934. Em 1936, participou da comissão formada para definir os planos da sede do Ministério da Educação e Saúde, no Rio, sob supervisão de Le Corbusier.
Entre 1940 e 1944, projetou, por encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
Em 1947, foi convidado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a participar da comissão de arquitetos encarregada de definir a futura sede do órgão em Nova York.
Em 1956, a convite do presidente JK, começou a participar da construção de Brasília, cujo plano urbanístico foi confiado a Lucio Costa. Em 1958, Niemeyer foi nomeado arquiteto-chefe da nova capital e transferiu-se para Brasília, onde permaneceu até 1960. É dele, por exemplo, o Palácio do Congresso Nacional.
Em 1972, abriu um escritório em Paris. Realizou um grande número de projetos no exterior, como a sede do Partido Comunista Francês, em Paris, e a Universidade de Constantine, na Argélia. Sobre as obras feitas em Brasília, Niemeyer disse:
— Quem for a Brasília pode não gostar dos palácios, mas não pode dizer que viu antes coisa parecida. E arquitetura é isso: invenção.
Jornal do Senado
(Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)
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