quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

VALOR ECONÔMICO


Valor Econômico

Manchete: Estados do PSDB ameaçam guerra judicial por elétricas
As regras para renovação das concessões das usinas hidrelétricas acabaram por gerar uma guerra política entre os Estados governados pela oposição e o Executivo federal. Ontem, as estatais Cesp, Cemig e Copel dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, todos governados pelo PSDB, rejeitaram a proposta de renovação de suas concessões na área de geração, por considerar que as novas regras não garantem o equilíbrio financeiro das empresas.

Embora o governo tenha dito ontem que não negociará mais com as estatais que não aderiram a sua proposta para renovação antecipada das concessões, os Estados não se deram por vencidos e ameaçam transformar a questão em uma guerra judicial. O secretário de Energia de São Paulo, José Anibal, disse que vai recorrer à Justiça contra a decisão de Brasília de levar a leilão no ano que vem a usina de Três Irmãos, cujo prazo de concessão esgotou-se no ano passado. “Fomos vítimas de lacaios do governo", afirmou, em reação às declarações do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, que acusou os Estados de tratarem as elétricas como “capitanias hereditárias”. O secretário disse que o governo federal obrigou a Eletrobras a aderir a uma proposta absurda e elevou o tom ao afirmar que as autoridades são “gente vulgar e rasteira, que queria fazer uma tunga em São Paulo”. A Cemig deve também bater às portas da Justiça. (Págs. 1, A6, A7, B1 e B12)
Construção ganha alívio de R$ 3,2 bi
O governo desonerou a folha de pagamentos da construção civil. Além disso, vai reduzir de 6% para 4% a alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) do segmento e criar uma linha de capital de giro de R$ 2 bilhões, por meio da Caixa Econômica Federal, para pequenas e médias empresas com faturamento anual até R$ 50 milhões. Segundo Mantega, com a desoneração as empresas deixarão de pagar R$ 6,2 bilhões de contribuição previdenciária e, em troca, pagarão R$ 3,4 bilhões sobre o faturamento, segundo estimativas feitas para 2013 — uma redução de tributos de R$ 2,8 bilhões. Para ele, a redução da alíquota do RET na construção vai gerar economia de R$ 400 milhões para o setor. (Págs. 1 e A3)
Brasileiros em busca da cura da Aids
Uma equipe de cientistas brasileiros liderada pelo farmacêutico Luiz Pianowski está perto do que pode ser uma esperança para a cura da Aids. As pesquisas conduzidas por esse grupo já se encaminham para a fase de conclusão de estudos pré-clínicos, para apurar sua eficácia e conhecer as contraindicações desse possível medicamento.

A pesquisa é financiada pelo empresário cearense Everardo Ferreira Telles, ex-dono da cachaça Ypióca, que decidiu bancar estudos sobre a eficácia da planta aveloz no combate ao câncer. Pianowski, que tem especialização em medicamentos de origem vegetal, passou por importantes companhias farmacêuticas no país, antes de montar seu próprio QG de pesquisa, a Kyolab, em Valinhos (SP), onde foi contatado por Telles. (Págs. 1 e B10)
Crise também prejudica o setor de pesca na Espanha
A crise europeia prejudica severamente a Espanha também nos mares. Uma das principais nações pesqueiras do mundo, o país é fortemente dependente dos subsídios europeus e da pesca fora de suas águas territoriais. Segundo organizações não governamentais, a Espanha recebeu € 5 bilhões em subvenções desde 2000, o maior valor nesse segmento entre os países europeus.

Parte do dinheiro foi usada para os pescadores destruírem barcos velhos. Um novo acordo vai garantir mais € 6,5 bilhões em subsídios para o segmento pesqueiro comunitário entre 2014 e 2020, prolongando a ajuda às frotas, incluindo combustível. (Págs. 1 e B14)
Marfrig aceita forte desconto em oferta
O frigorífico Marfrig aceitou o forte desconto exigido pelo mercado e concluiu ontem sua oferta pública de ações. Os papéis saíram a R$ 8 e a empresa deverá captar, inicialmente, R$ 840 milhões, ou 27,5% menos do que o R$ 1,16 bilhão pretendido. Na Comissão de Valores Mobiliários, o Marfrig registrou a venda de 131,250 milhões de ações, o que embute a colocação dos lotes adicional e suplementar. Com isso, a operação somará R$ 1,05 bilhão.

Desde o começo, o mercado esperava que a operação tivesse mais dificuldades para ser confirmada do que as ofertas preparadas por outras empresas. A companhia está captando recursos para melhorar sua estrutura de capital. Nos dois últimos dias, suas ações acumularam baixa de 21,98%. (Págs. 1 e B14)
Real e outras moedas reduzem receitas de múltis americanas
Taxas de câmbio desfavoráveis estão prejudicando os resultados das maiores empresas americanas, à medida que suas operações em expansão no exterior as expõem a oscilações de um número cada vez maior de moedas. As conversões de moeda custaram às multinacionais com sede nos EUA um total de US$ 22,7 bilhões em receita no terceiro trimestre.

A General Motors, por exemplo, culpou a fraqueza do real, do euro, do rublo russo, do forint húngaro, do won sul-coreano, do rand sul-africano, do dólar canadense e dos pesos argentinos e mexicanos por uma redução combinada de suas vendas globais no terceiro trimestre de cerca de US$ 1,3 bilhão. (Págs. 1 e B7)
PMDB mineiro prepara uma debandada para Aécio
Dois dias depois de o PSDB lançar a candidatura do senador Aécio Neves (MG) à Presidência da República, o diretório do PMDB de Minas Gerais ameaça uma debandada em adesão ao tucano, com a retirada do apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

A tensão levou o vice-presidente e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, a convocar uma reunião hoje com a presença do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), a principal liderança petista mineira na Esplanada e pré-candidato a governador em 2014. (Págs. 1 e A14)
Por que os EUA ainda lideram produção de máquinas pesadas (Págs. 1 e B7)

BC volta atrás e reabre antecipação de crédito a exportadores (Págs. 1 e C1)

Esperanças renovadas para os trilhos
Regime de concessão para construção e operação de 10 mil quilômetros de ferrovias, cujos leilões devem ser realizados no primeiro semestre de 2013, pode fazer deslanchar o modal no país. (Págs. 1 e A18)
Óculos de sol na ZFM gera polêmica
Proposta em análise no governo para permitir a montagem de óculos de sol na Zona Franca de Manaus, sem a exigência de fabricação local das lentes e hastes, divide empresas do setor. (Págs. 1 e B4)
Qualidade da Gestão
Pesquisa da Fundação Nacional da Qualidade mostra que empresários defendem ações mais efetivas para melhorar o sistema educacional brasileiro, que preencham as lacunas na formação de mão de obra qualificada e resultem em avanços nos índices sociais. (Págs. 1 e Suplemento Especial)
Tambaquis nas usinas do Tocantins
O governo autorizou a criação de tambaquis nos reservatórios de hidrelétricas na bacia do rio Tocantins. A medida poderá duplicar a produção de peixes de água doce em cativeiro no país (aquicultura) até 2014. (Págs. 1 e B14)
Mecanização avança no campo
As indústrias de máquinas e implementos agrícolas ligadas à Abimaq — que não incluem as grandes fabricantes de tratores e colheitadeiras — devem encerrar o ano com faturamento de R$ 10 bilhões, 12% mais que em 2011. (Págs. 1 e B15)
Bancos devem devolver € 80 bi ao BCE
Alguns dos maiores bancos europeus se preparam para devolver cerca de € 80 bilhões que receberam do Banco Central Europeu (BCE) há quase um ano como parte do esforço para evitar uma escalada ainda maior da crise no continente. (Págs. 1 e C16)
Ação voluntária cresce nas empresas
Pesquisa da organização não governamental Comunitas mostra que o número de empresas instaladas no Brasil que possuem pelo menos um programa de voluntariado passou de 75% para 83%. O número de funcionários envolvidos supera os 55 mil. (Págs. 1 e D3)
Ideias
Cristiano Romero

Governador Eduardo Campos acha que o país precisa de um novo consenso para a economia avançar mais rapidamente. (Págs. 1 e A2)

Mário Mesquita

O maior problema de 2011/12 não foi o crescimento baixo, mas o fato de ele não ter sido acompanhado por inflação baixa. (Págs. 1 e A17)
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